domingo, 31 de maio de 2015

a vida na fronteira.

written by Larissa Rainey at 23:35 0 comentários.
oh mon amour, mon âme soeur
je compte les jours je compte les heures
je voudrais te dessiner dans un désert
le désert de mon coeur

good morning guys, how are you? "você é a teacher mais legal que eu já tive, não sei como você consegue, o seu trabalho é muito bom, finalmente alguém sabe outro escritor cultista sem ser o padre antonio, eu morro de rir com você" i'm not ok. eu devo ser a pior professora do mundo, eu não consigo. eu não sei trabalhar, eu sou muito atrapalhada eu não sou inteligente e eu não vou conseguir passar.  é melhor eu não abrir a boca, aliás era melhor eu nem continuar respirando

Sempe me disseram que o mundo "lá fora" é cruel e impiedoso. E, de fato, é. Mas nenhum mundo é mais impiedoso que o meu. Ninguém cobra tanto de mim quanto eu me cobro. Se eu chego dez minutos atrasada no trabalho por conta de um acidente de trânsito, só falta eu morrer de chorar na frente da coordenadora e dos alunos.
Eu não sei quem enfiou na minha cabeça que eu preciso estar sempre no topo do meu jogo, que eu preciso estar bem sempre, que eu preciso ser a mais inteligente. Na verdade, acho que isso foi uma resposta ao tanto que me zoavam na escola pela minha aparência. Eu não era a amiga bonita, eu era a amiga inteligente. Eu não tinha namoradinhos, eu tinha notas boas. Não que ser bonita e ter namorados é algo ruim, mas eu sempre vi meu valor pelo meu desempenho acadêmico já que eu era a "amiga feia". Eu poderia discorrer aqui sobre como colocam garotas para baixo desde sempre e colocam nosso valor na aparência física  e como a nossa autoimagem na infância fode a nossa vida adulta mas o texto não é sobre isso.
Só que ninguém me disse nessa época que eu não seria boa em tudo. Eu seria péssima em algumas coisas e isso não importa. Ou seja: quando eu comecei a ir mal na escola (talvez o início de uma depressão? momentos) foi o declínio da confiança no meu intelecto.
Eu enfiei na minha cabeça que eu não era nem a amiga bonita e nem a amiga inteligente. E nem amiga de ninguém, já que eu sempre tive aquele dom de me irritar por qualquer coisa e criar furacões em copo d'água (porque tempestade é pouco). Aí você junta com gente rindo de você na escola, seus pais mudando radicalmente com você, a puberdade acontecendo, a depressão pedindo pra te ser sua amiga no Facebook...

Eram 20:45 de um domingo, em maio de 2015. Olho para a parede e penso: "eu sempre fui burra mas ninguém teve a decência de me contar". Faço questão de assassinar mais uma das minhas unhas e arranhar o meu braço onde ele já está machucado. Vou pro banheiro, me olho no espelho, vejo o meu corpo (que está bem), tomo um banho rápido pra evitar (maiores) problemas de autoimagem. Deito na cama, me enrolo em dois cobertores e penso alto: caralho. Não é à toa que tem gente que pensa que eu tenho 14 anos. Na maior parte do tempo eu reajo do mesmo jeito de quanto eu realmente tinha 14 anos.

Tá com problemas de autoestima? Foge. Tá com medo de estudar e não passar no vestibular? Não estuda, não vai pro cursinho, foge. Tá com medo de conseguir aquele emprego foda e ser ruim nele? Nem vai pra entrevista, foge. Tá com medo de gostar de alguém? Run, Lori, RUN. Algo deu errado? Não, não é a coisa que deu errado, é você que tá errada. Você é a burra, e não o sistema de educação que é elitista. Não é o emprego que não é para o seu perfil e sim você que é burra. É sempre o mesmo ciclo de feia-burra-incapaz-inútil. Engraçado que eu sempre falo pros meus alunos que não é pra ter medo de errar, tem que tentar falar o inglês o máximo possível e ir aprendendo a cada erro. Mas nossa, ai de mim quando eu travo a língua. Claramente eu sou a estúpida. Duh.

Eu conto nos dedos os dias que eu realmente gosto de mim mesma e penso "nossa, vale a pena eu viver". Não digo isso pra chover gente falando "mas looori vc é x e x x". Estou sendo brutalmente honesta aqui. Daí eu me questiono: é justo? Não. Estou sendo legal comigo mesma? Não. Eu pensaria isso de outra pessoa? Não. Eu tento julgar as pessoas o mínimo possível - eu sou humana, humanos não prestam etc. Na maioria das vezes eu não ligo pra certas coisas que outras pessoas ligam. Não, sério, você aí que me conhece numa esfera mais pessoal, eu quero que você diga quantas vezes você ouviu um barraco envolvendo meu nome. Eu não entro em barraco porque na maioria dos tempos eu simplesmente não ligo. Vejo os defeitos das pessoas, dou um longo suspiro e deixo quieto.

Mas eu não sou bondosa com os meus defeitos. Faz tempo que não vejo meus amigos - simplesmente porque sair de casa não está fácil pra mim - e isso já o suficiente pra eu achar que sou uma péssima amiga, que logo todo mundo vai me abandonar ou que já estão abandonando... Sendo que eu sei meus motivos para não sair, eu estou tentando dar tempo ao tempo e ninguém está me abandonando, eu que estou me excluindo.

Só que ninguém sabe que eu vivo na fronteira.

Eu sou extremamente racional. Eu consigo te dizer perfeitamente quais são os meus problemas, qual é a minha trajetória com doenças mentais, porque as pessoas da minha família agem do jeito que agem, porque o céu é azul, porque eu devo me afastar de fulano... só que eu também sou extremamente reativa. Eu choro, eu grito, eu me arranho, me deixe longe dos remédios, eu quebro coisas, eu destruo o que tiver pela frente. É tudo imediato - e o que me dá mais medo é a minha facilidade de ir pra esses extremos. Só hoje eu oscilei entre urso hibernando, possuída pelo ritmo ragatanga, mini crise depressiva, Magali (a.k.a comi loucamente) e... sei lá como eu estou agora. Exausta?

Na verdade eu to escrevendo isso tudo pra relembrar uma coisa que li esses dias:

A depressão mente. A sociedade mente. O lado ruim da fronteira mente também. E eu minto pra mim mesma. Não tem problema eu ser ruim em mil coisas. Eu sou boa em algumas outras. Se eu não tenho o corpo que os outros querem, se eu sou feia e desengonçada, não é obrigação minha ser bonita. E, por fim:

eu preciso começar a ser legal comigo mesma como eu sou igual com os outros. tá na hora de sair do "é complicado" e entrar num relacionamento sério comigo.

me tirem do facebook POR FAVOR










segunda-feira, 20 de abril de 2015

oui

written by Larissa Rainey at 00:32 0 comentários.
foto de Ralph Gibson.


a primeira palavra que aprendi a falar foi "não".
não é exagero, muito menos invenção
desde sempre eu nasci para a negação
não, mãe isso não. eu não quero isso. não, não, não
um mundo desprovido de afirmação
oportunidades perdidas a milhão
ninguém entra no meu coração
"você é uma aberração"
entretanto, ninguém entende que isso é só proteção
estabilidade requer conservação
eu não tenho tempo para cuidar de mais uma decepção
o mundo está aí e eu quero a minha revolução
então para você, um não. para ele, um não. para ela, um não
eu só quero me poupar de uma tempestade de irritação.
eu não sei falar "sim"
nem se eu estiver muito a fim
nem se você escrever que me ama com nanquim
ainda não entendi porque sou assim
mas toda revolução precisa de um estopim
e um dia, sem mais nem menos, sem tempo ruim
eu direi sim.

sábado, 4 de abril de 2015

I had to reinvent.

written by Larissa Rainey at 20:51 0 comentários.
"Quando Ofélia aparece no palco durante o Quarto Ato, cena 5, cantando pequenas músicas e entregando flores imaginárias, ela perturba temporariamente toda a dinâmica do poder da corte de Elsinore.  Quando eu visualizo essa cena, eu sempre imagino Getrude, Claúdio, Laerte e Horácio compartilhando um olhar atordoado, pensando a mesma coisa: "Nós ferramos tudo. Nós ferramos muito tudo." Esse pode ser o único momento de auto-consciência da peça inteira. Nem o crítico mais nojento, tão velho quanto um dinossauro, tenta fingir que Ofélia está fazendo tempestade num copo d'água. A sua loucura e morte é, claramente, o resultado direto da tirania e negligência dos homens de sua vida. Ela é a prova que garotas adolescentes não perdem a cabeça por diversão. Elas chegam a esse ponto por conta das pessoas em suas vidas que deveriam saber agir melhor. Eu acho que Shakespeare entendia isso melhor do que a maioria das pessoas, hoje em dia." - tradução preguiçosa de The Unified Theory of Ophelia: On Women, Writing and Mental Illness.


Eu morri no dia 22 de outubro de 2014. Uma parte de mim estava tão desesperada e sobrecarregada que parou de viver. Numa última explosão, consumiu o que viu pela frente sem medir as consequências. Pro inferno com as consequências. Eu tinha uma música da Tori Amos que não parava de tocar na minha cabeça. Era um mantra do céu e do inferno, me levando a desesperos que eu já conhecia bem.

These precious things, let them bleed, let them wash away
These precious things, let them break their hold over me

Eu morri de calor. E então eu morri de frio. Num momento eu enxergava tudo e no outro tudo era confuso e atrapalhado. Uma coisa trêmula e chorosa... e ela morreu.

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Uma vez eu li que às vezes, precisamos matar certas partes de nós mesmos para prosseguir com a vida. Eu lembro dessa frase todo. santo. dia. Eu realmente acredito nisso porque sou prova viva. Toda vez que eu me olho no espelho eu penso nisso.
A parte que morreu tinha medo. Muito medo. A parte que morreu transbordava raiva, pessimismo. Era um tsunami no olho do furacão que ficava em cima de um vulcão. Anos e anos ouvindo que não era boa o suficiente, que não era adequada, que tinha nascido com a única intenção de infernizar, que já passou pelo inferno sem precisar sair de casa e ir conhecer o mundo. 
O que você faz quando parte de você morre, mas ainda existem outras vivas por aí?
Simples. Você rega toda as partes que sobreviveram até que elas se tornem fortes o suficiente. Nossa força não está na hora que fraquejamos e jogamos tudo para o alto, e sim em como lidamos para nos reerguer.
Eu escolho as minhas batalhas. Eu prefiro, por exemplo, me frustrar com 11 exercícios de física que eu não consigo fazer do que ficar magoada porque certas pessoas não assumem a responsabilidade pelas suas falas. Eu prefiro ficar frustrada com uma matéria que eu posso entender algum dia e vai me dar algum retorno (como entrar numa federal em Psicologia) do que lidar com gente adulta que não coloca a mão na consciência.
Eu tenho falhas. Várias. Mas eu tento melhorar, eu seguro meus ataques de raiva, eu não desconto meus humores nos outros. Agora, se você não consegue... o probleminha é inteiro seu. Se você ainda se projeta em mim, se você ainda acha que eu sou uma extensão sua... o probleminha é inteiro seu. Se você precisa olhar na minha cara e dizer que tem pena de mim, que seria melhor eu ir pros Estados Unidos limpar privada... adivinha de quem é o problema?
A parte de mim que acreditava nas suas mentiras morreu no dia 22 de outubro do ano passado. Eu cresci e eu me tornei algo maior que mim mesma. 


Sabe de quem eu tenho medo? Dos meus impulsos autodestrutivos. Pronto. Acabou. Não aturo mais porra nenhuma de ninguém. Mesmo que eu fique em silêncio e você ache que ganhou a discussão... eu só não quero gastar minhas palavras com você. Porque não vale a pena. Nunca valeu e eu não tenho tempo a perder. Eu não vou me encolher nem ficar enfurnada na cama sendo que eu poderia estar estudando pra garantir minha vaga na minha segunda faculdade enquanto você... tá aí, né. 


Eu assumo responsabilidade pelos meus atos e sei que fui errada com muitas pessoas. E eu tenho vergonha de pedir desculpas, e sou errada nisso também (o que é contraditório, vamos combinar). Mas existem mil coisas boas em mim mesmo que eu não enxergue. Então foda-se o que as pessoas acham de mim. Não quero mais maximizar meus erros e esquecer do que eu já fiz de bom nessa vida. Eu sou resiliente. Eu sou criativa e consigo me virar, mesmo quando estou na merda. Tem sempre aquela frestinha de luz no meio da escuridão e é pra lá que eu vou. E no final das contas....


eu sei que numa realidade alternativa eu sou esse menino. Nicki Minaj tem poder, minha gente.











sábado, 28 de fevereiro de 2015

c'est ne pas facile.

written by Larissa Rainey at 00:01 0 comentários.
Eu tinha combinado comigo mesma que esse blog seria mais animado, com temas mais amenos, pra compensar o quanto eu mergulho nos posts do Falando Sobre Saúde Mental. Mas veja bem... 

Eu não sei ser animada quando eu tô pra baixo. Já fingi muito nessa vida, e não consigo mais não. Posso até me acalmar, não deixar tão explícito assim. Mas fica estampado na minha cara, no meu olhar, no meu tom de voz. Também não sei sofrer calada. Escondo certas partes do meu sofrimento porque não quero todo mundo acessando tudo -  preciso do meu espaço - mas se eu fico mal, você vai ficar sabendo. Eu tenho essa tendência e acho que isso se deve ao fato de eu escrever. Só consigo lidar com as coisas se eu desabafar, se eu escrever. Se eu deixar tudo entalado, eu vou explodir - e não vai ser nem um pouco bonito.

No começo do mês, eu comecei (oi) a fazer um diário. Inclusive acabei de lembrar que esqueci de escrever ontem e hoje.  O objetivo é organizar as minhas mudanças de humor. Isso começou quando minha psicóloga disse que cada semana eu estava de um jeito muito diferente - ou seja, instável pra caralho. Como eu tenho a cabeça muito grudada na minha bunda, às vezes eu não paro pra pensar em como isso é percebido pelas pessoas ao meu redor. Eu não sei como é conviver comigo sem ser eu mesma. Eu, que tento ter tanta empatia, não consigo imaginar como é ser meu amigo. Não entendo como é pra alguém tentar conviver comigo - ainda mais diariamente. Porque pela internet é uma coisa. Diariamente é outra. Nem sempre dá pra traduzir tudo do mundo virtual pro real. Conversando com o pessoal pela internet, eu só digito um monte de coisa. Na vida real, eu quebro o que estiver pela frente num dia muito ruim. 

Com menos de um mês de diário, eu fico assustada em como eu sou instável. Em um determinado dia, eu fui de completamente miserável pra feliz e orgulhosa de mim mesma. "Ah, mas todo mundo passa por isso". Eu não tô falando de mudanças leves de humor. Eu estou falando de "meu deus, eu nunca mais quero sair da cama" pra "meu deus, que dia lindo, eu sou foda, eu sou maravilhosa!". São mudanças muito intensas e que me deixam exausta.

O texto nem era pra ser sobre isso e cá estou eu escrevendo parágrafos enormes... ugh. 

Eu também tenho uma intuição do caralho. Não sei de onde sai isso, não sei qual a explicação científica psicológica biológica pra isso, mas existe. Eu simplesmente sei de certas coisas antes do negócio acontecer. Tem gente que fala que isso é resultado de tudo o que eu concluo com as minhas observações... Mas sei lá. Não tô falando que eu sou vidente, mas daquele sentimento do fundo do meu coração de que vai dar merda ou vai dar certo.

Se eu não vou com a cara de alguém, eu fico com um pé atrás e nem sempre dou espaço pra pessoa entrar. 99,9% das vezes que isso aconteceu, a pessoa me provou por a + b que ela realmente não era confiável. Se eu entro num lugar e começo a me sentir estranha, eu tento ir embora o mais rápido possível. E muitas vezes, descubro que o rolê continuou e deu alguma merda depois. Ou então olho pra alguém e já sei que vai dar certo - e a pessoa me faz um bem danado. No meu atual emprego, eu sabia que tinha conseguido só de conversar por uns dois minutos com minha coordenadora. Algo nela me dizia que a vaga era minha. Lógico que tem vezes que eu caio de cara no chão e erro. Mas eu sei que eu preciso seguir a minha intuição.

Sexta passada, dia 20, fui visitar meu avô. Ele andava com a pressão bastante alta, chegou a ir no hospital algumas vezes... Mas nessa quarta, ele teve o segundo infarto. No momento, ele está na UTI. Talvez amanhã ele vá para a enfermaria, mas vai continuar no hospital por sei lá quanto tempo. Ele precisa fazer (outro) cateterismo, mas o problema é que o contraste pode piorar bastante os rins dele, que já não estão lá grande coisa. Tanto que era pra ele ter feito isso uns meses atrás, mas o cardiologista preferiu não fazer por conta do risco. Agora, não tem jeito. É tentar tratar os rins e proteger pra não dar merda.

Eu não sei explicar o aperto que me dá quando penso no meu vô doente, quando imagino ele sofrendo. Ele sempre foi extremamente carinhoso comigo, uma das únicas pessoas da família que nunca me magoou. Eu sou a única neta dele, e eu fui mimada. Assumo. Não só de presente, mas de carinho. De atenção. Pra vocês terem noção, ele me chama até hoje de "Pérola". (pausa pra abastecer a cantareira com lágrimas). Minhas melhores memórias da infância foram ao lado dele. Engraçado pensar que quando eu tinha uns 10 anos, eu brincava de professora de inglês com ele na lousa que ele comprou pra mim. E eu realmente virei professora de inglês, e amo o que faço.

Hoje fui visitá-lo, e mesmo na cama ele me deu um abraço forte. E eu tenho medo, assumo. Medo do que pode acontecer. O corpo humano é uma caixinha de surpresas. Óbvio que tenho esperanças que vai dar tudo certo, que logo logo ele tá no sofá de casa assistindo leilão de boi Nelore... Mas lembra o que eu disse sobre a minha intuição?

De qualquer jeito, eu não consigo parar de pensar no meu avô. Ele está lá, sozinho, cercado de gente doente, sem comer direito, sem poder se distrair - e só meia hora de visita é tão pouco... O que me conforta é saber que pelo menos tem gente capaz cuidando dele, coisa que nem eu nem minha mãe e minha avó poderíamos fazer. 

Aliás, isso é o que mais machuca: ser impotente. Eu posso rezar, eu posso mandar energias boas... Mas nada disso garante o resultado que eu quero. O que tiver que acontecer - bom ou ruim - vai acontecer. Só me resta lidar com isso... e ser forte. Preciso ser forte pela minha mãe e principalmente pela minha avó - a mais baqueada pela internação do meu avô. Ela tem 78 anos, logo vai precisar fazer cirurgia das cataratas, tem as próprias limitações... E o emocional dela é muito, mas muito frágil. Preciso ser forte pela minha mãe porque ela simplesmente não sabe lidar com a maioria das coisas que acontecem. Ela segue em frente, ela vai e vai, mas ela não consegue entender e de fato crescer. 

Isso me deixa terrivelmente sozinha. Eu preciso ser forte pela minha mãe, pelo meu avô, pela minha avó, pelo meu pai... 

E quem vai ser forte por mim? Eu não aguento tudo isso não.


life is a movie, and there'll never be a sequel. and i'm cool with that, as long as i'm peaceful...



quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Minhas 20 personagens favoritas de séries de TV

written by Larissa Rainey at 00:37 0 comentários.

Bom, acredito que quem me conhece sabe que eu sou a pessoa por trás do Falando Sobre Saúde Mental, que ele mudou minha vida, blablabla. Eu amo escrever e pesquisar pra postar lá, mas chega uma hora que cansa falar sobre depressão morte suicídio violência etc etc etc. Olhar uma notícia de "morte e suicídio na conchinchina" e pensar "putz, isso dá pauta pro blog" começou a me deprimir. Então, cá estou, tentando dar um gás pra esse blog tão negligenciado. 
Eu já tinha essa ideia de post faz tempo, mas como eu sou a pior blogayra do mundo, nunca escrevo. Mas cá estou eu, sendo minimamente produtiva.
Desde o ano passado, tenho assistido mais séries de TV do que filmes. De repente eu não estou conseguindo mais ficar presa por uma hora e meia (porém conseguindo fazer maratonas que duram quase o dia todo). Então, taí: uma listinha com as minhas personagens femininas favoritas de séries de TV. Como eu não consigo escolher qual é a minha favorita de todos os tempos, decidi separar por série e em ordem alfabética. Parece justo.
ATENÇÃO: conterá spoilers. 

 

Larissa Rainey Copyright © 2012 Design by Antonia Sundrani Vinte e poucos